domingo, 5 de julho de 2009

O TALENTO NO CONTEXTO DA FORMAÇÃO DE ESTRATÉGIA





Poucas industrias ilustram tão bem a competividade como a formula 1. Tanto como esporte como a natureza empresarial do negócio milionário que envolve publicidade, tecnologia e outras cadeias produtivas. Por isso o jovem piloto Lewis Hamilton e sua relação com a Escuderia McLaren demonstram a importância do talento da formação da estratégia. A escolha de um piloto sempre é cercada de grandes cuidados e sem dúvida tomar a decisão de levar a formula 1 um jovem de 22 anos foi de grande ousadia mas revelou um decisão que valeu milhões de lucro a McLaren. Identificar, desenvolver e manter pilotos talentosos garantem a McLaren toda sorte de dividendos e lucros. Esse know-how tem feito da escuderia uma campeã há muitos anos.


Nas organizações a presença (ou falta de) de profissionais talentosos podem ser decisivos na ascensão ou no declinio do negócio. Assim algumas perguntas são apropriadas: como identificar, como reter e como desenvolver talentos nas empresas?


Alves (2008) afirma que existem etapas fundamentais na construção desta solução: descobrir talentos, reconhecer talentos, atrair talentos, desenvolver talentos e manter talentos. E essas etapas se inserem num contexto de formação de estratégia, onde a organização estabelece objetivos claros para os profissionais cujo saber e competência serão componentes do sucesso do negócio. Isso implica investimentos em melhoria da qualidade de vida no trabalho, nas relações familiares, em políticas de remuneração que estimulem a contribuição mais efetiva dos empregados e sua motivação. E primeiramente na politica de descoberta e atração de talentos.


O programa de Headhunting para indentificar profissionais talentosos ou gestores de topo é importante. É um sistema que olha para o público interno da empresa e vasculha no publico externo os melhores no contexto do negócio e do mercado.


Outra dimensão é o Mentoring que é um programa de capacitação e desenvolvimento de competências que pode ter amplitudes diversas. Implica num executivo sênior que "adota" um profissional, isto é, transmite a ele experiência, saberes e procurar potencializar suas capacidades. O Mentoring tem ganho força e inclusive é praticado cada vez mais pelo mercado destinando-se a equipes e não somente a profissionais individualmente. Aproximando-se cada vez da aprendizagem colaborativa onde o e-learning começa a ter um papel importante para construção de conhecimento e aquisição de competências no ambiente de trabalho.


Também existe a modalidade do Coaching que capacita executivos a nivel de demandas pessoas e particulares a natureza de sua atividade. O executivo/cliente será sensibilizado a ter mais clareza no reconhecimento de metas, valores, missão e propósito da organização ou de seu négocio no mercado. O Coaching busca articular a clareza da sua missão pessoal e empresarial, objetivando o equilíbrio dos propósitos da organização, de suas necessidades humanas e dos diferentes papeis vividos na empresa, na família e na sociedade. É um programa realmente voltado para talentos no sentido estrito. Estes geralmente são inquietos demais para estarem sem um acompanhamento mais perfilado no contexto do negócio em que estão.


Vejam que o Headhunting, Mentoring e Coaching não podem estar desarticulados de uma abordagem estrategica e sistemica que envolva toda a corporação empresarial e, por premissa, comprometidos com o resultado operacional da companhia. Investir em talentos é ganhar vantagem competitiva numa guerra de mercados e empresas famintas por diferenciais. Neste caso o diferencial é o talento humano na organização dando-lhe condições de triunfar, o profissional e organização, sobre os adversários dessa guerra brutal que é competição empresarial. E “a guerra é que é o motor das instituições e da ordem: a paz, na menor de suas engrenagens, faz surdamente a guerra. Em outras palavras, cumpre decifrar a guerra sob a paz: a guerra é a cifra mesma da paz. Portanto, estamos em guerra uns contra os outros; uma frente de batalha perpassa a sociedade inteira, contínua e permanentemente, e é essa frente de batalha que coloca cada um de nós num campo ou noutro. Não há sujeito neutro. Somos forçosamente adversários de alguém” (MICHEL FOUCAULT, 1999). Se assim o é que haja talento nas pessoas e nas empresas para se decifrar a guerra - a outra da face do sucesso.





sábado, 6 de junho de 2009

Teoria do Caos, Apredizagem e Estratégia



Pensar a formação da estratégia de aprendizado frente a teoria do caos, essa foi a idéia que me veio a mente neste sabado. Após um dia cheio de compromissos no MBA e outros posteriores que absorveram-me as forças físicas e mentais, encontrei a melhor forma de relaxar refletindo como minha turma pode potencializar sua experiência de aprendizado. Penso nisso porque sou egoísta. Se todos os colegas colaborarem na processo de aprendizado todos ganham e aumentam suas chances de sucesso nesse curso bem exigente. Nessa etapa que concluímos o módulo de modelagem empresarial fomos postos a prova buscando resolver uma série de problemas na forma de "cases" e nesse contexto um evento simples na turma, a disponibilização de um desses estudos de casos num grupo de e-mails, deixou a turma PERTURBADA fazendo-a sair de um quadro de relativa estabilidade para um momento de aparente caos.
A partir daí identifico uma questão é possivel a turma enquanto coletivo estabelecer uma estratégia comum de aprendizado levando em consideração os aspectos caóticos do contexto escolar?
"O planejamento a longo prazo é muito dificil... A física nos ensina que em sistemas caóticos, pequenas pertubações multiplicam-se ao longo do tempo devido a relações não-lineares e à natureza dinâmica e repetiva do sistema. Em consequência disso, esses sistemas são extremamente sensíveis às condições iniciais, as quais tornam as previsões muito dificieis...O retorno, em termos de melhores previsões de construção de modelos complexos e precisos, pode ser pequeno..." (MINTZBERG, p.167).
Ao ler essa citação muito precisa sobre a implica da teoria do caos sobre o planejamento estratégico podemos crer precipitadamente que é oneroso e custoso demais planejar, melhor "deixar acontecer" e ver o que dá. Esse modus operandi infelizmente é muito comum nas atividades de ensino, mais pelo alunos, menos pelos professores e os gestores procuram defender o planejamento. É muito raro uma turma em seus primeiros momentos como tal se colocarem como sujeitos e pensarem num planejamento comum, os professore "impõe" sobre o grupo o seu que por sua vez encontra contexto noutra maior fechando o modelo. Assim se não estratégia pequenas pertubarções podem deixar uma turma em estado de caos.
No entanto a física nos mostra que estados caóticos podem ser levados ao equilibrio novamente impondo ao sistema caóticos novas pertubações. Daí o padrão de comportamento se revela oportunizando a previsibilidade necessária para entender o fenômeno. "Autores como Celso Grebogi, Edward Otto, James A. Yorke, Troy Shimbrot, têm demonstrado que a partir de pequenas alterações em poucos parâmetros de controle (senão um) é possível levar um sistema caótico a comportar-se de forma quase estável"(FORTES, P.426).
Nessas reflexões é necessário situar que é possivel controlar o caos da aprendizagem e vantajoso competitivamente a uma turma a viabilização de uma estratégia coletiva que venha procurar estabelecer condições iniciais que otimizem a maximização de resultados futuros. E por pertubações constantes ao longo da evolução da aprendizagem levar a turma a um equilibrio quase estável conferindo consideravel chances de se alcançar os objetivos traçados para o sucesso coletivo. É possivel controlar o caor. E importante lembrar que "este mesmo tipo de fenômeno pode ser detectado em estudantes. Alunos que estejam estabilizados relativamente, por exemplo, aos seus objetivos profissionais ou de vida, dificilmente incorporam novos conhecimentos uma vez que se apresentam como sistemas em equilíbrio. A inovação e a criação, e, no caso da aprendizagem, a facilidade em assimilar novos conteúdos, só ocorrem contínua e significativamente nos sistemas que estejam operando longe do equilíbrio o que faz recomendar que, para se incrementar o rendimento escolar seria recomendável gerar a tensão e o desequilíbrio" no corpo discente." (TANABE, p.9).
Nesse caminho de aprendizado sobre gestão de negócios e inteligência competitiva importa sair um pouco do equilibrio e procurar formar inovar, enquanto um coletivo inteligente, turma deve modelar uma estratégia para sua formação.

Que tal finalizarmos com uma música adequada para quem não se deu bem nas avaliações de planejamento estratégico do Prof. Paulo Vicente...





segunda-feira, 1 de junho de 2009

NESSUN DORMA

Modelagem Organizacional, eis o nome da disciplina. Essas aulas foram tecnicamente fortes. Um revisão de umas cinco disciplinas de uma graduação em administração e um aprofundamento em tópicos de maior relevância. Mas o ponto alto da disciplina é o pensar a organização para seu sucesso. E pensar no sucesso tira o sono de muitos. Na verdade talvez seja por isso que o professor terminou a aula com um video, que traz um homem comum buscando realizar o sonho de cantar. Acho que nesta publicaçãoo seu valor está na imagem e o som de algo da vida real...impressionou a alguns colegas e pode impressionar você também.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Brothers in Arms

HOJE NOS TORNAMOS BROTHERS IN ARMS




Os cenários dos negócios são como um campo de batalha, onde ensinamentos como de Sun Tzu em sua "Arte da Guerra" e de Maquiavel na figura de seu livro "O Principe" são válidos e necessários em muitas dimensões do pensamento estratégico. Assim caminhava uma aula tensa como o campo de batalha, afinal é dia de prova do prof. Paulo Vicente. Alguns soldados enfrentam a batalha com olhos cerrados, frutos de falta de sono ou da embriaguez do conhecimento adquirido noites adentro. Nesse contexto a aula prossegue e o professor fala sobre a relação entre o stress e produtividade. Comentou a importância da administração de conflitos e até mesmo de sua necessidade para criar o "elo do selvagem", tornar uma equipe em companheiros de batalha, em "Brothes in Arms", companheiros de sangue. E isso só pode se dar quando do envolvimento viceral de um coletivo frente a uma batalha que não é de um mas de todos.

Após o arduo dia de combate os irmão em armas se unem na celebração de uma conquista. Estão unidos e motivados, já é uma conquista...termina o batismo de fogo e "elo do selvagem" acontece entre os guerreiros do MBA da UNIRIO.

Brothers in Arms
Sisters in Arms


terça-feira, 19 de maio de 2009

Escolas do Pensamento Estratégico e o Caos

Eu gostaria de ser Thomas J. Waston Sr., o fundador da IBM. No entando, gostaria de viver seu papel num contexto competitivo onde a estratégia competitiva envolve-se uma base de conhecimento relativamente pequena, que eu pudesse ter experimentado vivências ao longo da carreira na organização, é claro que a empresa deveria existir num mundo estável e, por último, que os meus colaboradores me adorassem e confiassem plenamente em minhas criativas estratégias. Chego a conclusão que sem dúvida de que não poderia ser brasileiro.

Talvez seja um exagero, mas a Escola do Design. segundo Mitzerg encontra aplicação num quadro assemelhado. É possivel a uma organização desenvolver uma estratégia vitoriosa a partir de um estrategista vigoro e intelectualmente superior que a partir de sua base de dados concebe criativamente a rota do sucesso da empresa.

Acho uma visão pura e ingênua do mundo. O pensamento dessa Escola, contudo, influenciou profundamente algumas gerações de administradores e estrategistas. Para mim reflete a ambição mecanicista do controle do mundo pela razão. Será que essa ambição tem limites?

A discussão posta em perspectiva sobre as diversas Escolas do Pensamento Estrategíco pelo Prof. Paulo Vicente foi um processo de construção e desconstrução de certezas e dúvidas. Dúvida virava certeza e certeza virava dúvida.

O desejo de previsibilidade parece ser a motivação do planejamento estratégico (não é um dogma para mim) doravante é o santo grau dos analistas num primeiro olhar. Nessa discussão surgiu a abordagem da Teoria do Caos ou Teoria dos Sistemas Complexos. Esta uma teoria da física que busca revelar padrões em fenômenos que apresentam no seu exterior uma aparência de desordem e imprevisibilidade. No tocante a sua modelagem, isto é, no sistema de equações matemáticas que o descrevem no tempo e no espaço, são muito sensíveis a variaveis, ou seja, pequenas mudanças no estado inicial do fenômeno podem mudar completamente seu desenvolvimento no tempo, é o caso " da borboleta que bate suas asas no japão e provoca um furacão no triangulo das bermudas".

O que tem haver falar em Teoria do Caos e Administração? Os sistemas físicos-matemáticos quase sempre podem servir de referêncial para entender fenômenos não necessariamente das ciências da natureza. E foi descoberto em vários experimentos físicos que o estado caótico de um sistema pode revelar padrões quando sofrem um estimulo externo. Varios problemas em física tem sido resolvidos a partir daí. Você identifica o estado caótico e procura lançar sobre ele varios estimulos externos. Alguns desses estimulos levam o sistema do estado caotico para harmonico.
A conclusão : é possivel na física hoje controlar o caos.

A pergunta é possivel controlar o Caos em outras dimensões da existência humana?

A questão vale a pena ser pesquisada, pois, imagine sua organização num estado de caos. É possivel que um estimulo possa trazer a estabilidade ao sistema organizacional? Olhando o ambiente externo em estado de caos que variaveis podem ser observadas que vão ser inseridas para haver previsibilidade onde o acaso impera? Por outro lado sua organização e seu ambiente externo estão em estado de estabilidade, daí uma pequena variavel que geralmente não é monitorada pode causar um estado caótico? Se a reposta é possitiva muito esforço deve ser empreendido para monitorar variaveis no todo...

Acho uma reflexão dificil e que nos leva a necessidade de aprofudamento.

Fato é que quanto mais estudo mais dúvidas tenho. É o tapete voador. Sentamo-nos no luxuoso tapete persa mas temos medo da altura que ele nos leva....

Li dois artigos interessantes sobre isso quem quiser dar uma olhadela:

http://www.ead.fea.usp.br/semead/8semead/resultado/trabalhosPDF/138.pdf
http://www.teoriadacomplexidade.com.br/textos/teoriadacomplexidade/TeoriaDoCaos-e-Complexidade.pdf

Bem o próximo desafio complexo será fazer a prova do Paulo Vicente, no momento técnicas avançadas de Inteligência Competitiva estão sendo colocadas em prática para prever o comportamento do sagaz professor na elaboração da avaliação. Será que identificaremos um padrão em sistema complexo de avaliação? Eis o primeiro desafio dos futuros analistas em I.C. do MBA UNIRIO

E não poderia de destacar um ponto alto da aula que envolveu a todos numa boa discussão: Questão do livre arbitrio. Para ilustrar esse ponto o professor esclareceu a Teoria Econômica do Crime afirma que a deliquência é uma decisão racional do agente que pratica o ato criminoso levando em consideração os custos e os lucros do mesmo. A relação entre impunidade, ordem e segurança. Tudo isso vem coroar as aulas que demonstram que vivemos num universo onde o apesar do caos há em nós a decisão, o livre arbitrio que em minha opnião é estimulo ao universo para que ele encontre a estabilidade e equilibrio necessário a nossa coexistência...

Que nosso livre arbitrio nos leve a um fractal , ou seja, que na expressão geometrica das equações dos sistemas complexos são modelam nossas existências sejam tão belos como os que vocês podem ver no video abaixo




quinta-feira, 14 de maio de 2009

RESPONSABILIDADE SOCIAL E O BALANÇO SOCIAL

Nesta ultima quinta-feira tivemos um primeiro contato com a área de responsabilidade social na palestra da professora Gislaine Menezes. Foi um ótimo momento. Eu não esperava que houvesse pessoas mais interessadas do que no assunto. Um daqueles enganos que são bons. É maravihoso ver que as pessoas a cada dia estão mais preocupadas com o desenvolvimento socio-ambiental e reconhecem o papel da responsabilidade empresarial na questão.

Uma sinergia se estabeleceu com a palestrante que pode conduzir apresentação de maneira bem distinta do usual devido a grande participação dos colegas. A troca de experiências se estabeleceu e isso enriqueceu profudamente a palestra.

O tema central foi o balanço social, sua importância, sua produção e outros aspectos contabeis, legais e estratégicos que fazem da prática da responsabilidade social uma vantagem competitiva.

Ao final o grupo começou a pensar em como pode se desenvolver um projeto social do MBA de Gestão de Negócios e Inteligência Competitiva da UNIRIO. Há uma pré-disposição de todos e não apenas estudar o tema mas colocar em prática a ação transformadora das realidades. O entusiamo está presente e pode catalisar algo importante para essa geração de alunos.

Um MBA que faz responsabilidade social, não somente a ensina mas a torna realidade. Isso é uma vantagem competitiva.

Um dos momentos da aula foi o comentário sobre o video a " História das Coisas". Quer saber o porquê? Então dê uma olhadela nos clipes e reflita sobre como sua empresa através da responsabilidade social pode contribuir para uma sociedade sustentável mantendo sua competitividade.

Primeira parte




Segunda parte :




Terceira parte :